Coluna Educação Inovadora

Cinco dicas para trabalhar a aprendizagem colaborativa em sala de aula

A aprendizagem colaborativa pode ser compreendida como uma estratégia que traz benefícios para a educação, ao despertar o interesse dos estudantes e o potencial de prepará-los para os desafios futuros.

Há diferentes formas de trabalhar esta abordagem em sala de aula, que visa colocar o aluno no centro do processo de aprendizagem, mas principalmente de estimular a colaboração entre os estudantes e seus pares na busca ativa por sua construção de conhecimento.

Aprendizagem colaborativa

A aprendizagem colaborativa se baseia na interação e na participação ativa dos estudantes com o processo de aprendizagem, com o objetivo de promover trocas de experiências, cooperação e engajamento dos estudantes.

O principal foco desta abordagem é permitir que os estudantes tenham a oportunidade de vivenciar o pensamento crítico e o desenvolvimento de capacidades interativas e de resolução de problemas reais. Assim, os estudantes são convidados a trabalhar em colaboração, sendo que o papel do professor é conduzir e mediar o processo cognitivo, permitindo que pensem, reflitam e participem ativamente da aprendizagem.

Dicas para levar a aprendizagem colaborativa para as aulas

Como vimos, a aprendizagem colaborativa traz diversos benefícios para a aprendizagem dos estudantes. A abordagem tem o potencial de desenvolver diversas características que acompanharão ao longo da vida, como autonomia e capacidade de liderança.

Os benefícios desta abordagem ativa não são apenas no âmbito intelectual, mas também no âmbito social, por permitir troca de experiências, informações e de saberes, muitas relacionadas à aprendizagem emocional, que compreendem se relacionar com o outro, compreender e aceitar opiniões contrárias e tomar decisões em conjunto. Esse aprendizado faz com o que estudante aceite trabalhar as dificuldades e busque por novas soluções, mas tendo empatia pelo outro e respeitando mutuamente as diferentes situações. Confira abaixo algumas ideias para levar a sala de aula.

1. Ambiente flexível de aprendizado

A aprendizagem colaborativa prega que o aprendizado é compartilhado entre todos os estudantes, o que significa um ambiente flexível, beneficiando todos os envolvidos. Para isso, o professor tem que planejar situações que permitam a vivência deste ambiente flexível que faz com o estudante seja protagonista.

2. Professor mediador de aprendizado

O papel do professor também diferente na abordagem colaborativa, tornando-se mediador do conhecimento, que tem como missão guiar os estudantes dentro do processo de ensino, desafiando a trocar conhecimentos e experiências beneficiando o crescimento intelectual e social.

3. Aprendizagem investigativa

Como vimos, essa abordagem de ensino aguça e busca o conhecimento no campo investigativo, em que estudantes são estimulados a buscar e participar do processo de aprendizagem utilizando novas formas de aprender e ensinar em troca dos conhecimentos adquiridos. Assim, é essencial apresentar o currículo de outra maneira, através de metodologias ativas, ensino híbrido, sala de aula invertida, ferramentas digitais e cultura maker, entre outras possibilidades.

4. Invista em atividades em pares

A colaboração envolve a participação dos estudantes em projetos, em que o professor deve provocá-los para trabalhar as atividades em grupo, para que juntos possam criar estratégias de ensino, fazendo com o que aprendam a chegar a conclusões, buscar autonomia, defender ideias de maneira colaborativa, usando diferentes ferramentas e formatos que dão a oportunidade de colocar em prática o que foi aprendido.

5. Cultura maker

A aplicação e o uso da filosofia maker contribui com a aprendizagem colaborativa. As atividades mão na massa permitem que os estudantes participem ativamente das aulas, desde a idealização do seu projeto até a construção com temas propostos ao trabalhar a criatividade e o pensamento crítico.


E você, querido professor(a), gostou de conhecer um pouco mais sobre o tema e possibilidades de implementar em suas aulas? Então não deixe de compartilhar suas experiências e de compartilhar com os colegas para que possamos transformar a educação.

Um abraço e até a próxima!

Sobre o(a) autor(a)

Artigos

Formada em Letras e Pedagogia, com especialização em Língua Portuguesa pela Unicamp, Débora é Mestra em Educação pela PUC-SP e FabLearn Fellow, Columbia, EUA. Professora da rede pública, idealizou o trabalho Robótica com Sucata, que se tornou uma política pública. É coordenadora do Centro de Inovação da Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo. Atualmente, assina a coluna Educação Inovadora no blog Redes Moderna e é autora do livro Robótica com sucata (Moderna, 2021).