Início de ano letivo e uma tendência indiscutível na educação e no uso das tecnologias. Muitos educadores ainda associam o uso com recursos e conectividade.
Sem dúvidas, é importante ter uma boa infraestrutura e conectividade para alavancar o seu uso; no entanto, é importante salientar que a utilização vai muito além disso, e muitas vezes não perpassa nem conectividade e nem infraestrutura e sim atitude e se permitir aprender no processo, utilizando por exemplo, tecnologias sociais, que permeiam o território educativo. Além de poder ser trabalhada de maneira plugada, com auxílio de aparatos tecnológicos, ou desplugadas, com atividades de maneira concreta.
Assim, o uso de tecnologia na educação visa facilitar processos de ensino e aprendizagem, através do processo de criação em que muitas vezes não precisamos reinventar a roda, mas dar um outro olhar para ferramentas e metodologias conhecidas, como o pacote Office e também das metodologias ativas e da cultura maker, entre outros.
Para os educadores é uma oportunidade de inovar na sala de aula, ao permitir mais interatividade, colaboração, empatia e uma educação pautada no processo integral. Desta maneira reunimos algumas maneiras que enfatizam o seu uso na educação. Vamos lá!?
Para levar para a sala de aula
É importante ter em mente que o uso da tecnologia na sala de aula pode auxiliar:
- a interação professor-aluno;
- a compreensão de dificuldades;
- a personalização do ensino;
- a promoção do protagonismo e da autoria dos estudantes;
- o incentivo para a criação de um ambiente inclusivo.
Pelos seus benefícios, é importante que seu uso não seja focado apenas em uma sala de aula ou em um espaço específico, mas que contemple o projeto político pedagógico da escola, para que de fato a tecnologia seja uma propulsora da aprendizagem e não um fim em si mesma. Para isso é necessário:
Investir em formação docente
Aproveite os espaços de formação pedagógica para formar e orientar os educadores sobre o uso, criando uma cultura de uso da tecnologia na educação. É importante que os educadores também tenham a oportunidade de vivenciar a aprendizagem que pode variar desde a cultura digital, cultura maker, pensamento computacional, entre outros, e que se permita aprender com os colegas.
Planejamento das aulas
É essencial que o educador contemple no seu planejamento o uso das tecnologias, que podem ter a finalidade de deixar as aulas mais atrativas e significativas, e que busquem estimular os estudantes a serem produtores de tecnologia.
Existe uma gama de possibilidades a serem trabalhadas na sala de aula, desde a personalização do ensino através de sites e blogs que promovam a criação, a reflexão e a autoria; de maneiras de desenvolver protagonismo como atividades mão na massa; e ainda de autoria como documentários, animações que permitem interação entre os estudantes, estimulando a expressividade, o respeito à diversidade de ideias e a promoção de debates e ideias.
Incentivar a pesquisa
Os estudantes ainda possuem dificuldades em realizar pesquisas na esfera digital. É importante apontar caminhos, promover reflexões, dialogar sobre autoria e plágio, ensinar sobre textos multimodais e pesquisar em fontes que sejam confiáveis, trabalhando com temas de combate à desinformação.
Gêneros digitais
Em novos tempos, é essencial trabalhar com gêneros digitais que circulam em redes sociais a que os alunos estão familiarizados e que, no entanto, possuem dificuldades em serem produtores. Entre os gêneros podemos destacar fanfics, blogs, vlogs, memes, podcasts, entre outros. A escola é um espaço propicio para vivenciar esses novos gêneros e compreender sua circulação.
Jogos para engajar a aprendizagem
O lúdico necessita ser porta de entrada para a aprendizagem, e os jogos possibilitam o engajamento e a motivação dos estudantes, além de trabalhar com situações-problema e o desenvolvimento de habilidades importantes para a formação integral dos estudantes.
É necessário romper com velhos paradigmas e usar a tecnologia a serviço da educação!
Um abraço,