Coluna Educação Inovadora

A importância dos jogos na educação emergencial

Os jogos sempre tiveram um lugar especial na educação, justamente por trazer elementos essenciais para a aprendizagem, como o lúdico. Diferentemente do que imaginamos, os jogos não são exclusivos da educação infantil ou dos anos iniciais: eles podem permear todas as etapas, inclusive o ensino médio.

Quando o estudante está em contato com os jogos, está mobilizando diversos conhecimentos e desenvolvendo habilidades importantes como colaboração, raciocínio lógico, resolução de problemas, interpretando e repensando hipóteses. Assim, podemos afirmar que os jogos são uma estratégia ao processo de aprendizado por estimular a vivência do currículo e das situações do cotidiano.

Temos uma variedade de possibilidades diante dos jogos e também modalidades como jogos de tabuleiro, games e jogos colaborativos. O ensino emergencial traz a oportunidade de a escola criar, experimentar, inovar e se reinventar com a utilização dos jogos, ao favorecer a construção do conhecimento científico, proporcionando vivências reais e desafios em busca de soluções nas quais o estudante precisa trocar ideias e tomar decisões.

Precisamos olhar para as aulas emergenciais e encarar que todos somos aprendentes, e que temos a oportunidade de criar aulas, inovar e aprender muito neste processo, testando o que funciona e o que não funciona, intensificando o que deu certo ao oportunizar desafios, e é aqui que entram os jogos. Essa possibilidade de desvendar pistas e aprendizados ao mesmo tempo em que possibilita o engajamento (em um momento que isso se faz fundamental por todo o lado negativo que a pandemia traz).

E como possibilitar que os jogos façam parte das aulas mediadas por tecnologia?!

Transforme atividades em jogos

Para que a aula tenha engajamento, aposte em transformar atividades em jogos, que podem ser adivinhação, charadas ou quizzes, permitindo que os estudantes possam exercitar o raciocínio lógico e participar da aula de maneira ativa.

Transforme conteúdo em atividades gamificadas

É possível fazer das aulas um grande caça de tesouro e que tal espalhar pistas e deixar a turma decifrar o conteúdo, antecipando fatos? Vale usar a imaginação, projetar pistas e imagens e pedir para que os estudantes se atentem aos detalhes. Tenho certeza que eles vão amar!

Crie jogos

Outra possibilidade é a transformação dos conteúdos em jogos e também de os estudantes transformarem as atividades propostas em jogos, que podem ser disponibilizados por fotos, históricos e até um mural feito no Padlet.


Aproximar o lúdico é necessário para o desenvolvimento integral dos estudantes e a interação permite uma aprendizagem espontânea e desafiadora, que ocorre através da experiência, no ritmo dos estudantes e com as trocas individuais e coletivas.

Um abraço,

Sobre o(a) autor(a)

Artigos

Formada em Letras e Pedagogia, com especialização em Língua Portuguesa pela Unicamp, Débora é Mestra em Educação pela PUC-SP e FabLearn Fellow, Columbia, EUA. Professora da rede pública, idealizou o trabalho Robótica com Sucata, que se tornou uma política pública. É coordenadora do Centro de Inovação da Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo. Atualmente, assina a coluna Educação Inovadora no blog Redes Moderna e é autora do livro Robótica com sucata (Moderna, 2021).