Coluna Educação Inovadora

Portfólios: a importância deste instrumento em tempos de pandemia

A pandemia tem desafiado educadores, estudantes e familiares, principalmente por ser algo que não vivenciamos antes em nossa recente história com a Educação. Não existe uma receita de bolo e todos estamos aprendendo neste momento.

Temos educadores de todo o país, das escolas particulares e públicas, ministrando aulas mediadas com o suporte da tecnologia e complementando com orientações escritas aos familiares, basicamente porque esta pandemia revelou também uma desigualdade muito grande entre os nossos educandos, em que se faz necessário um esforço coletivo para que todos tenham acesso à educação e ninguém fique para trás.

Diante dessa necessidade, é importante ter o olhar para instrumentos que norteiem o processo de ensino-aprendizagem, como a produção de um portfólio. Abaixo, reunimos algumas orientações para enfatizar a importância de orientar os estudantes e familiares nesta organização, que servirá para intervenções pedagógicas neste momento e após a pandemia. Vamos lá?!

Para replicar: Portfólio

O portfólio é um importante instrumento pedagógico para estudantes e professores, por apresentar a evolução do processo de aprendizagem e permitir intervenções, melhorias na aprendizagem cognitiva, planejamento, replanejamento de ações e atividades, entre outros.

Este instrumento não serve apenas como uma ferramenta avaliativa, mas permite representar pensamentos, sentimentos, maneiras de agir e principalmente de apresentar como as habilidades e competências estão sendo desenvolvidas, além de ser uma importante experiência preparação para a vida adulta e no mercado de trabalho.

Não existe uma maneira específica para a realização deste instrumento, que atende toda a educação básica. Neste momento, ele tornou-se essencial pelo isolamento social e pelas particularidades e especificidades de cada território educativo.

Veja algumas sugestões de como realizá-lo:

  • Orientações aos estudantes e aos familiares: é importante orientar os familiares e estudantes a organizar o portfólio. Conversar sobre a importância e sobre as possibilidades que deverão ser discutidas e avaliadas.
  • Possibilidades de realização: o portfólio pode ser realizado em suportes digitais; temos suportes específicos para isso, ou, caso necessário, pode-se usar materiais impressos, para serem apresentados no retorno, que será o ponto de partida para retomada das aulas presenciais.

No ambiente digital, existem diversas maneiras de criar um portfólio; no entanto, é importante ter cuidado para que os estudantes tenham acesso a internet para que possam publicar suas produções e atividades. Entre as ferramentas, podemos citar o Webnode, que é gratuito e tem a finalidade de apresentar trabalhos e pode ser adaptado ao universo educativo e o Padlet, que é fácil de manusear, pode ser colocado realizado murais e ser acrescido em ferramentas de colaboração, como o Google Sala de Aula.

Na versão impressa, o portfólio deve ser realizado em cadernos e em pastas, orientando os registros com imagens, produções, artigos de produção e até criações mão na massa, para que sejam apresentadas em uma retomada das aulas presenciais. No entanto, deve-se enfatizar para os estudantes e familiares que em caso de dúvidas é preciso saná-las no momento da realização da atividade e que somente a atividade deve ser guardada para a troca no retorno das aulas.

O portfólio faz parte do processo avaliativo e neste momento os estudantes estão preocupados em saber como ele será avaliado. O mesmo serve também para os educadores que têm se preocupado em como avaliar o processo durante esse período e com o retorno das aulas presenciais; desta maneira, ambos poderão se beneficiar: os estudantes em acompanhar sua evolução durante esse período e os professore em intervir no processo de aprendizagem.


E você professor(a), como tem trabalhado com esse tema? Conte aqui nos comentários.

Um abraço carinhoso! E, se puder, fique em casa.

Sobre o(a) autor(a)

Artigos

Formada em Letras e Pedagogia, com especialização em Língua Portuguesa pela Unicamp, Débora é Mestra em Educação pela PUC-SP e FabLearn Fellow, Columbia, EUA. Professora da rede pública, idealizou o trabalho Robótica com Sucata, que se tornou uma política pública. É coordenadora do Centro de Inovação da Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo. Atualmente, assina a coluna Educação Inovadora no blog Redes Moderna e é autora do livro Robótica com sucata (Moderna, 2021).