Entendemos este trabalho através da interdisciplinaridade como uma ponte para o melhor entendimento das disciplinas entre si.
A interdisciplinaridade pode integrar-se em outras áreas específicas permitindo, com isso, recursos ampliados e uma discussão dinâmica, através de diferentes olhares sobre um mesmo tema. E, nesse sentido, você, professor(a), pode realizar a conversa sobre sexualidade e gênero com os(as) alunos(as).
Geografia
Objetivo:
Compreender as características das cinco regiões do Brasil, sinalizando as igualdades e diferenças do comportamento de homens e mulheres de cada localidade.
Conteúdo:
Mapas: características das cinco regiões do Brasil.
A diferença de gênero nas diversas localidades do Brasil.
Estratégia:
Através de um mapa apresentar as características de cada região do Brasil, sinalizando as igualdades e diferenças do comportamento de homens e mulheres de cada localidade.
Recursos:
Um mapa em tamanho grande, caneta hidrocor de várias cores.
Educação Física
Objetivo:
Desenvolver um pensamento crítico sobre as questões de gênero nas diferentes modalidades esportivas dos jogos olímpicos.
Conteúdo:
Jogos Olímpicos: competições oficiais e diferenças de gênero.
Estratégia:
Exposição oral sobre as competições olímpicas e as atividades esportivas que são mais realizadas por homens ou mulheres.
Observação: na aula de educação física a mulher que joga futebol. Na aula de artes, o enfoque maior é dado ao homem que faz balé. Assim, contemplam os dois gêneros em atividades físicas.
Recursos:
Imagens dos diferentes esportes que fazem parte das olimpíadas, folhas de papel A4, caneta hidrocor de várias cores.
Matemática
Objetivo:
Construir procedimentos para produzir, organizar, representar e interpretar dados, realizando a leitura das informações.
Conteúdo:
Tratamento da informação através da interpretação de dados em gráficos e tabelas.
Estratégia:
Iniciar uma conversa informal sobre a quantidade de meninos e meninas na sala. Registrar no quadro essa quantidade.
Apresentar uma caixa de papelão (ou madeira) com fotos de brinquedos e atividades do dia a dia de uma casa. Pedir para que cada aluno leve uma foto para a sala de aula.
Construir uma tabela com duas colunas: (1) “Homem” e (2) “Mulher” e solicitar que os alunos preencham a tabela com o que eles consideram ser “coisa de homem” e “coisa de mulher”.
Após todos realizarem a atividade, discutir as relações de gênero a partir da tabela que eles construíram.
Ao término, sugerir que eles façam a mesma atividade com as pessoas que moram na sua casa sobre os “afazeres domésticos” e tragam os resultados na aula seguinte.
Recursos:
Caixa com fotos de brinquedos e atividades diversas (domésticas: lavando e passando roupa, arrumando a casa, trocando a lâmpada etc).
Cartaz com uma tabela.
Artes
Objetivo:
Refletir sobre o preconceito em relação aos meninos que dançam balé.
Conteúdo:
Atividade livre:
Discussão sobre a questão de gênero e o preconceito em relação aos garotos que dançam balé.
Estratégia:
Debate após a exibição de um vídeo de crianças dançando balé e de obras clássicas como O quebra nozes, Coppélia e Bolero de Ravel, neste caso, apresentadas só por um homem – o bailarino Jorge Donn.
Recursos:
Computador com acesso à internet; vídeos com crianças dançando balé que tenham a presença de meninos; Vídeo do balé O quebra nozes, Coppélia e Bolero de Ravel.
A avaliação do trabalho pode ser definida pela docente ou pelo grupo de trabalho e o resultado apresentado para toda a escola através de uma campanha.
- A abordagem da equidade de gênero e o fim da violência na escola se relacionam com a cultura pela paz. Estando no começo do ano, podemos incluir este conteúdo no planejamento escolar, como contempla a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), através da inclusão da lei nº 13.663 de 2018, em seu inciso X, que “estabelece ações destinadas a promover a cultura pela paz nas escolas”.