Coluna Educação Inovadora

Cinco coisas que você precisa saber sobre a metodologia STEAM

Sempre falamos em novas abordagens e metodologias de ensino para trabalhar em sala de aula, mas como levá-las efetivamente para potencializar o trabalho pedagógico com os recursos que possuo? O que me falta conhecer para explorar essa metodologia?

Esses são assuntos que escuto com frequência. E, claro, não poderia ser diferente!

Afinal, nossa educação está em constante evolução e apenas saber o significado de algo não garante a aplicação prática em sala de aula.

Conheça a metodologia STEAM

Para isso, vamos juntos conhecer os caminhos para que você possa aplicar em sala a metodologia STEAM, que é um acrônimo em inglês das áreas do conhecimento como Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática – e que deve ser trabalhada associada ao currículo escolar – contextualizando sua aplicação e explorando pontos importantes desta abordagem.

Abordagem investigativa

O STEAM não é uma metodologia ativa, mas uma abordagem investigativa ancorada dentro do currículo escolar. Seu foco é deixar a ciência mais interessante e ao alcance dos estudantes com uma abordagem “mão na massa”.

Tudo alinhado à cultura maker sob a ótica da interdisciplinaridade e metodologia.

Aprendizagem baseada em projetos

Para que se possa trabalhar com o STEAM em sala de aula é preciso considerar uma aprendizagem baseada em projetos que oferecem pequenos desafios aos estudantes.

Entre eles, podemos considerar a construção de algum artefato que aborde as diferentes áreas do conhecimento, como um objeto que envolva os cálculos matemáticos e o senso estético artístico, por exemplo.

Mas lembre-se: é essencial que tais desafios tragam elementos da aprendizagem baseados na investigação contínua, problemas desafiadores, crítica e revisão, além de dar voz ao estudante.

Processo de design

Se analisarmos o mundo à nossa volta, iremos constatar que tudo o que tem sido produzido e idealizado pelo homem envolve o design.  Com a metodologia STEAM, isso se torna ainda mais claro no sentido de aproximar o processo de design do método científico.

Essa união envolve os seguintes passos:

  1. Empatizar – Quem é meu público? O que é importante para ele? Como posso me colocar em seu lugar?
  2. Definir – Quais são os meus objetivos, metas e necessidades?
  3. Idealizar – Faça uma chuva de ideias para idealizar o seu projeto e encontrar soluções criativas;
  4. Prototipar – Construa representações, use simuladores, pense e resolva problemas para apresentar sua ideia;
  5. Testar – Compartilhe o que criou, peça feedbacks, analise o que deu e o que não deu certo.

O olhar para o Socioemocional

Ao trabalhar com a abordagem STEAM, trabalhamos sob o olhar humanizador que é a aprendizagem. Com ela, desenvolvemos o trabalho colaborativo, a empatia, o autocuidado e a experiência para lidar com diferentes situações. Além disso, desenvolvemos as emoções para gerenciar aspectos sociais e emocionais para que o estudante possa estar aberto ao novo, tecer autogestão e desenvolver engajamento com o próximo, além da resiliência emocional e amabilidade.

Ao construir e investigar, os estudantes estão a todo momento mobilizando aspectos integrais e humanizadores.

Repense a avaliação

Dentro da abordagem STEAM a avaliação formativa e o feedback são elementos essenciais para que o professor possa avaliar o processo e tecer uma tomada de decisão. É um novo caminho para garantir ao estudante condições de repensar sua relação com as experiências de aprendizagem propostas.

E porque trabalhar com a abordagem STEAM?

Porque encontramos, na sala de aula, estudantes que não atingem as habilidades necessárias para os diversos processos de aprendizado. Ao trabalhar com a abordagem STEAM, estes alunos são expostos à prática e caminham, gradualmente, ao aprendizado em si!

Um abraço e até a próxima!

Sobre o(a) autor(a)

Artigos

Formada em Letras e Pedagogia, com especialização em Língua Portuguesa pela Unicamp, Débora é Mestra em Educação pela PUC-SP e FabLearn Fellow, Columbia, EUA. Professora da rede pública, idealizou o trabalho Robótica com Sucata, que se tornou uma política pública. É coordenadora do Centro de Inovação da Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo. Atualmente, assina a coluna Educação Inovadora no blog Redes Moderna e é autora do livro Robótica com sucata (Moderna, 2021).