Coluna Educação Inovadora

Design Thinking como aliado da educação

Você já ouviu o termo design thinking? O termo é muito forte nas empresas e já vem conquistando as salas de aulas.

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O design thinking é uma metodologia usada para a busca de solução de problemas, também conhecida como aprendizagem investigativa, que trabalha de forma colaborativa, desenvolvendo a empatia, onde o estudante participa como formador de conhecimento e não apenas como receptor de informação. O trabalho tem como premissa o design centrado em humanos (human centered design), que integra as necessidades individuais.

Sua abordagem contribui para a educação, por trabalhar com a resolução de problemas, dando voz aos alunos ao trabalhar com colaboração e empatia. Não existe uma forma correta de aplicar o design thinking; o que existe são etapas que devem ser trabalhadas e aplicadas na resolução de problemas reais, o que possibilita dinamismo, envolvimento e ações de pertencimento, trazendo um redesenho para as salas de aula ao propor novos processos de ensino-aprendizagem.

Na prática, a metodologia é dividida em cinco etapas, que devem ser construídas com desafios, aguçando a curiosidade para enfrentar questões levantadas, considerando o conhecimento prévio e as percepções significativas, em busca de múltiplas perspectivas de soluções.

  • Descoberta: A etapa da descoberta é a fase de conhecimentos e necessidade; vale usar a empatia para ouvir, ver e sentir. Aqui é permitido sonhar e falar abertamente sobre vários pontos.
  • Interpretação: Exige desafios, o que envolve a interpretação na fase da descoberta; pode-se articular os diferentes pontos de vista e ponderá-los para viabilizar a próxima etapa.
  • Ideação: É a etapa de criação, onde a solução deve ser encontrada. Permita um espaço para a chuva de ideias e para internalizar ideias visionárias.
  • Experimentação: A quarta etapa corresponde à experimentação, na qual as ideias ganham vida, experimentando possíveis soluções para o desafio lançado.
  • Evolução: É o desenvolvimento do trabalho, que envolve o planejamento dos próximos passos, compartilhando ideias com outras pessoas que podem colaborar com o processo.

Nas etapas, tanto o professor como os estudantes podem oferecer dicas de como organizar a ideias. A abordagem pode ocorrer de forma on-line, através de softwares que trabalham com mapas mentais, ou off-line, através de post-its, listas, histórias inspiradoras, fotos etc. São inúmeras possibilidades, onde cada problema requer uma abordagem que deverá ser construída coletivamente, sem uma receita pronta e que pode criada conforme a ilustração abaixo:

As etapas também podem ser construídas com alguns softwares gratuitos, como:

Mind Node

Programa muito simples e prático para ser utilizado no dia a dia.

Free mind

É um software livre para criação de mapa mental; é simples e objetivo, disponível para usuários Windows e Linux.

Ree Plane

Outro programa simples, compatível com Windows e Linux.

Coggle

Software online, permite mais que uma pessoa trabalhe com o mesmo mapa mental.


E você, querido professor, já usou essa metodologia em sala de aula? Conte aqui nos comentários.

Um abraço,

Sobre o(a) autor(a)

Artigos

Formada em Letras e Pedagogia, com especialização em Língua Portuguesa pela Unicamp, Débora é Mestra em Educação pela PUC-SP e FabLearn Fellow, Columbia, EUA. Professora da rede pública, idealizou o trabalho Robótica com Sucata, que se tornou uma política pública. É coordenadora do Centro de Inovação da Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo. Atualmente, assina a coluna Educação Inovadora no blog Redes Moderna e é autora do livro Robótica com sucata (Moderna, 2021).