Coluna Educação Inovadora

4 Passos para desenvolver a inteligência emocional com os estudantes

A educação mudou e se transformou! Se antigamente dávamos ênfase ao processo de cognição, hoje a prioridade é uma educação pautada em valores integrais. Ao longo do dia, uma pessoa pode ser colocada em diversas situações que estimulam diferentes sentimentos e emoções, por isso, é tão essencial permitir que os estudantes tenham a oportunidade durante a escolarização de desenvolver habilidades e competências no campo emocional.

E como abordar esse tema em sala de aula? Quais caminhos para o desenvolvimento da inteligência emocional na escola? Confira abaixo as nossas dicas!

1. Levando a inteligência emocional para a sala de aula

O termo está relacionado a capacidade do ser humano de conhecer seus sentimentos e emoções e utilizá-los em seu benefício e do próximo. Um aprendizado de autoconhecimento e autocuidado em que a pessoa lida com emoções e aplica de maneira saudável na relação com o outro e este também é o desafio, aprender lidar com emoções e sentimentos e usá-las no cotidiano.

A escola é uma oportunidade para exercitá-lo e desenvolver as habilidades socioemocionais junto ao currículo diversificado e flexível. Para isso, temos diversas possibilidades, exercendo a escuta ativa, realizando trabalhos colaborativos, atividades diversificadas e extracurriculares, entre outras possibilidades que veremos a seguir.

2. Escuta Ativa

A escola não é apenas um ambiente de aprendizado de disciplinas do currículo, ela é um local de integração, socialização em que é possível pautar o ensino em valores integrais, como a escuta ativa e atenta.

Um dos primeiros passos para o desenvolvimento da inteligência emocional é aprender ouvir e falar sobre as emoções e transformar esse aspecto em uma rotina da sala de aula.

Levar o tema ao início das aulas, através de trechos de músicas, vídeos, textos, estudos de casos, além do professor comentar sobre sentimentos e emoções, expondo questões de superação, frustração, persistência, autocontrole, autocuidado, entre outros, têm resultados incríveis, em que é possível se aprofundar e desenvolver outras atividades como um diário de bordo, museu da pessoa, entre outros.

Com essa atitude simples, o educador rompe tabus e estigmas e começa a criar uma cultura em que pode ser inserida nas atividades, como varal de sonhos, varal de emoções, termômetros de emoções.

3. Trabalhos colaborativos

Trabalhos colaborativos e integradores são outra possibilidade de estimular a inteligência emocional, além de mobilizar as diferentes áreas do conhecimento. Os estudantes trocam o tempo todo um com o outro e lidam com suas emoções ao realizar as atividades propostas.

Desta experiência, o estudante torna-se colaborativo, empático, resiliente, divide frustrações, curiosidades e participa ativamente do seu processo de aprendizagem. Um trabalho mão na massa é um bom exemplo disso, por permitir que os alunos utilizem a cultura do faça você mesmo (cultura maker) para construir diferentes projetos.

4. Atividades extracurriculares

Atividades extracurriculares são excelentes oportunidades para o desenvolvimento de competências e habilidades socioemocionais. O teatro, a música, a dança, os esportes, as artes são capazes de extrair dos estudantes reações e fazem com que lidem com diferentes situações. Além do mais, essas atividades permitem que os alunos trabalhem com suas emoções ao expor atividades que mais se assemelham aos seus gostos.

Esse é o momento para levarmos as nossas salas de aula competências e habilidades que possam desenvolver a inteligência emocional dos estudantes, permitindo que a escola seja integral e humanizadora.

Sobre o(a) autor(a)

Artigos

Formada em Letras e Pedagogia, com especialização em Língua Portuguesa pela Unicamp, Débora é Mestra em Educação pela PUC-SP e FabLearn Fellow, Columbia, EUA. Professora da rede pública, idealizou o trabalho Robótica com Sucata, que se tornou uma política pública. É coordenadora do Centro de Inovação da Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo. Atualmente, assina a coluna Educação Inovadora no blog Redes Moderna e é autora do livro Robótica com sucata (Moderna, 2021).