Coluna Educação Inovadora

Sala de aula invertida: como trabalhar

A sala de aula invertida é uma modalidade ativa do ensino híbrido que mistura o online e o off-line como ferramenta para potencializar e personalizar o ensino, visando colocar o estudante no centro do processo de aprendizado ao buscar novas formas de interação com o currículo.

A sala de aula invertida atua em um processo que denominamos antes, durante e depois. Em um primeiro momento, o professor possui um papel essencial de fornecer e ministrar conteúdos para que os estudantes possam, ao longo do tempo, se tornarem curadores.

Com o passar do tempo e a criação de uma nova cultura o estudante assume esse papel, sendo mais assertivo e crítico em suas escolhas, permitindo que o processo ocorra antes, ao ser curador de informações a respeito do assunto a ser tratado.

Durante as aulas, os estudantes terão a possibilidade de usar o tempo em sala para debater, tecer reflexões, para que sejam mais produtivos e participativos. Finalmente, no após a aula, a cultura dos estudantes se altera, por meio da apropriação e pelo gosto de ir atrás de informações para os enriquecimentos das aulas e do seu conhecimento, tornando assim autoral e protagonista.

Levando para a sala de aula

O conceito de sala de aula invertida vem da ideia de inverter a lógica tradicional da aula, para que a aula possa ter uma personalização, ao mesmo que visa garantir que a sala de aula seja uma expansão para além do tempo de aula tradicional.

Assim, como nas demais modalidades os estudantes podem estudar a sala de aula invertida online, quando geralmente eles estudam sozinhos, explorando as possibilidades da internet, ou off-line, no momento em que o estudante estuda em grupo, com o auxílio do professor e colegas.

Invertendo a aula

O processo de inversão da sala de aula exige alguns aspectos do professor que são importantes:

  1. Planejamento: planejar as aulas, conectando as habilidades e competências a serem desenvolvidas relacionadas com o currículo.
  2. Escuta ativa: olhar atento ao que já existe de informações nas redes e internet de videoaulas, materiais e textos, entre outros.
  3. Estruturar o que será trabalhado – organizar o conteúdo em ambientes conhecidos dos estudantes, para que possam revisitar sempre que necessário e ou procurar ferramentas especificas. Uma delas é o Sílabe, que é gratuito e permite criar aulas online, sendo possível conectar conteúdos externos e aplicar atividades.
  4. Curadoria de conteúdos: é importante o professor realizar curadoria de conteúdos que já existem na internet, como Youtube Edu e Khan Academy, entre outros.
  5. Aula – Esse é o momento de preparar a aula e o que será realizado no momento que visa otimizar e personalizar o ensino! Para isso, é importante realizar um bom roteiro das atividades, projetos que façam conexão com a curadoria, plataformas e que possam se adaptar à nova proposta de ensino.

Um abraço e até a próxima!

Sobre o(a) autor(a)

Artigos

Formada em Letras e Pedagogia, com especialização em Língua Portuguesa pela Unicamp, Débora é Mestra em Educação pela PUC-SP e FabLearn Fellow, Columbia, EUA. Professora da rede pública, idealizou o trabalho Robótica com Sucata, que se tornou uma política pública. É coordenadora do Centro de Inovação da Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo. Atualmente, assina a coluna Educação Inovadora no blog Redes Moderna e é autora do livro Robótica com sucata (Moderna, 2021).