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Convite para levar o maker a Educação Infantil

É muito comum me perguntarem como levar a cultura maker para a etapa da educação infantil?!

Reforço que essa etapa já possui sua essência no maker, por conta da fase concreta das crianças, em explorar, ser curiosa, observadora, em experimentar a educação e esse já é um gatilho para levar a educação maker para dentro das aulas.

A filosofia maker traz alguns pilares como consertar, modificar, fabricar, fazer e construir. Desta maneira a mesma, pode ser apresentada aos pequenos de muitas maneiras, sempre tendo o foco no processo e nas vivências de aprendizagem.

Assim, o aprendizado pode ser enriquecido com a cultura do faça você mesmo, uma vez que irá mobilizar nos pequenos uma série de habilidades e competências que vão desde a autonomia, colaboração, a resolução de problemas associadas ao currículo.

A Base Nacional Comum Curricular – BNCC prevê seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento a esta fase que são eles: Conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se. Pilares que estão associados a cultura maker.

Levando a sala de aula

O professor pode trabalhar de muitas maneiras, entre elas: em formato de oficinas, selecionando materiais recicláveis e preparando-os para facilitar a atividade e ou ainda com caixas sensoriais, contação de histórias e storytelling que vão aguçar a imaginação e a criatividade e até em montagens de brinquedos como construir uma casinha, um foguete e ou carro.

Outra possibilidade é cozinhando com as crianças! O professor pode associar histórias a receitas. A atividade é uma oportunidade de discutir a alimentação saudável ao mesmo tempo que irá trabalhar e mobilizar todas as áreas do conhecimento. A atividade pode ser preparada na sala de aula, no pátio, usando a cozinha da escola para o cozimento. Segue abaixo uma receita, simples:

Receita de Biscoito Doce

Ingredientes

· 9 colheres (sopa) de amido de milho

· 9 colheres (sopa) de farinha de trigo

· 5 colheres (sopa) de açúcar

· 6 colheres (sopa) de manteiga

Modo de preparo: Misture os ingredientes até que a massa fique bem homogênea. Use uma colher (sopa) para derramar porções da massa em uma assadeira previamente untada.

Leve ao forno e deixe assar por 30 minutos em fogo baixo. Retire do forno e sirva às crianças. Após espere esfriar e pode realizar com os ingredientes apropriados um enfeite aos biscoitos.

Os jogos são outras possibilidades de explorar o mão na massa, que pode ser a produção de jogos como as três marias, e ou a produção de um jogo de basquete que irá trabalhar a colaboração, mas ainda a coordenação motora. Essas são possibilidades concretas que as crianças vão mobilizar conhecimentos para construir, mas também para brincar. Conheça uma possibilidade de construção com materiais de baixos custos:

Basquete

Materiais necessários

· Lixeira de escritório e ou algo similar

· Caixa de papelão

· Tintas guaches nas cores, branco e vermelho

· Cola branca

· 4 fechos de embalagem de pão de forma

· Bolas de plástico e ou de papel

Mão na massa: Pegue uma caixa de papelão, meça de acordo com o cesto e corte uma parte da caixa em formato de um quadrado, converse com as crianças sobre formas geométricas. Essa parte servirá como a tabela. Realize 4 furos pequenos nas laterais das peças e pinte a tabela com as cores branca. Deixe secar e em seguida, faça os detalhes com a cor vermelha e passe cola. Passe os fechos pelas aberturas para fixar a lixeira que será a cesta, se não tiver pode usar a criatividade para substituir por um outro objeto. Agora, faça uma linha no chão indicando o limite para as crianças se posicionarem e convide a fazerem os arremessos.

Saiba Mais: Recentemente, realizei um vídeo no canal do Youtube e deixo aqui para conhecerem um pouco mais sobre possibilidades com os pequenos.

Espero que tenham gostado das sugestões e não deixe de compartilhar suas experiências nos comentários.

Um abraço e até a próxima!

Sobre o(a) autor(a)

Artigos

Formada em Letras e Pedagogia, com especialização em Língua Portuguesa pela Unicamp, Débora é Mestra em Educação pela PUC-SP e FabLearn Fellow, Columbia, EUA. Professora da rede pública, idealizou o trabalho Robótica com Sucata, que se tornou uma política pública. É coordenadora do Centro de Inovação da Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo. Atualmente, assina a coluna Educação Inovadora no blog Redes Moderna e é autora do livro Robótica com sucata (Moderna, 2021).